Perdão, amiga

 

Quem me conhece sabe que tenho amigos a perder de vista – de todas as idades, credos, raças e convicções políticas. Bom esclarecer, no entanto, que…. No que tange a posicionamentos atuais, há critérios… Porque eu me relaciono com gente muito diferente, mas sempre com algo em comum: um alto senso de humanidade – o que não se aplica a alguns novos movimentos que surgiram aí, recentemente. Fazer o quê.

Um esclarecimento necessário. Mas, vim aqui, retomar meu blog depois de um tempão, para falar de amizade e respeito. Sobretudo, para falar de amizade com nossa terra-mãe. Nos últimos séculos, temos tratado nossa melhor amiga como inimiga, desrespeitando, exaurindo, fazendo chacota de suas potencialidades por meio de uma economia neoliberal perversa – assassina, mesmo.

Em linhas transversas, diria que nem saímos da Idade Média. Talvez seja esta a maior lição desses tempos de ausência de luz e desespero. Ou não estamos vivendo uma nova crise no feudalismo? Vai faltar apenas que a “Peste Negra” – que, você já percebeu, assume outro nome neste século -, acabe com tudo e reinaugure um tempo novo. E o Renascimento chega, para resgatar a beleza e a alegria de viver, reinventando a arte e proclamando a vida.

Ainda falta algum tempo, claro, para que isso aconteça. Ainda teremos que atravessar o escuro túnel do tempo e da devastação. Ainda teremos muito o que aprender sobre solidariedade, prioridades, humanidades, o conceito primordial de que somos todos irmãos de uma mesma placenta universal, que fazemos parte de um mesmo corpo astral.

Mas há que se ter esperança. Porque, à parte da ignorância que nos assusta e assombra, há muitas novas luzes se acendendo no horizonte de nossa amiga. A principal delas – e provavelmente nosso maior aprendizado – deve mesmo ser a solidariedade. Um tempo novo, em que o neoliberalismo doentio é sabotado firmemente pela visão mais clara de que somos parte de um todo, indivisível. E que, quando alguém não está bem, seu entorno inteiro é atingido. Lições de uma amizade verdadeira. Transparente. E vital.

 

Ana Ribas Diefenthaeler

Ana Ribas Diefenthaeler

Nasci no ano em que o país saudava a Bossa Nova, que surgia pelas deliciosas harmonias do “Chega de Saudade”, de Tom e Vinícius, cantado pela...

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